quinta-feira, 26 de maio de 2011

O TABARÉU E O SEMINÁRIO - por Vladimir Souza Carvalho






                                   O TABARÉU E O SEMINÁRIO


                                                           Vladimir Souza Carvalho, da Academia Sergipana de Letras
                                    
                                                               (O CORREIO DE SERGIPE DE 21 DE MAIO DE 2011 PUBLICOU)

A vida faz as suas. E não sem razão. Foi o que ocorreu com Antonio Francisco de Jesus, na sua primeira entrevista com o padre-reitor, no Seminário. Ele, autor de um verbo capaz de deixar qualquer camoniano de água na boca: truche (p. 21). Ele, de língua solta (na dicção de hoje, fofoqueiro): ... e o povo fala que é amigada com Zé Sacristão..., p. 24. Ele, que foi reprovado no exame de admissão.
Mas, foi justamente ele, com todos esses predicados, que o padre-reitor segurou no Seminário Arquidiocesano, como a pensar que, esse menino (tinha treze anos), autêntico tabaréu da Terra Vermelha, um dos condados da Itabaiana sempre grande, mais tarde, seria, como foi, o encarregado, pelo destino, de escrever alguma coisa sobre o Seminário, dentro da abordagem de sua vida.
Um pensamento bom (mais ainda, positivo) do padre-reitor de retê-lo no Seminário, naquele ano que se iniciava, em idos dos tempos do antigamente vivido. Acertou na mosca. Tivesse jogado na loteria federal, ficaria rico. Mas,  padre rico não tem graça: cadê a família, ou seja, os filhos, para gastar e esbanjar? Acertou o padre-reitor na decisão: o tabaréu da Terra Vermelha ficou, estudou, desistiu da batina (faltava-lhe vocação para o sacerdócio, e aliás, desde o início), deixou o Seminário no momento oportuno, sem perder os liames com a Igreja, e, ei-lo que, na condição de homem maduro, literalmente careca (não há de se melindrar com a proclamação, aliás, notória), traz à lume um outro livro – Meninos que  não queriam ser padres -, sob o subtítulo de romance, no qual rememora a sua trajetória no Seminário e, involuntariamente, atiça o olhar acerca de uma das facetas que mistura à história à sociologia, na focalização, ainda que de forma oblíqua, do papel, notoriamente válido, dos seminários na vida da meninada pobre de Itabaiana, durante décadas antes dele e de décadas depois dele.
Do estilo leve, a leitura fluindo saborosa, do domínio do discurso, da sedimentação de uma narrativa, muitas vezes, marcada pela emoção (caso da sua luta contra as ondas do mar na praia da Atalaia, em um dia fatídico), e de outras virtudes (a timidez para o namoro; para casar, depois, precisou que a futura sogra o contratasse para ser professor da filha, futura esposa), nada se surpreende. O autor, Antonio Francisco de Jesus, sofrendo da doença que denominaríamos de literatura reprimida, que só se cura com a produção e publicação, já demonstrou, ontem, que não é mero iniciante, mas o memorialista maduro – e não é para menos, pelo talento que a enxada quis engolir e pela experiência da leitura, que lhe brotou tão espontaneamente -, que tem um cabedal de fatos para narrar e sabe fazê-lo, transformando em realidade todo o passado vivido, com sacrifício do pai e seu próprio, inclusive o de dormir em cama incompleta, passado que, ao toque de suas palavras, se transforma em revelação surpreendente, capaz de prender o leitor do início ao final.  
   Se é verdade que, de onde menos se espera, é de onde sai o veneno, daquele tabaréu de treze anos, chegado ao Seminário da Rua Dom José Tomaz,  saiu, agora, entenda-se, não o veneno que mata, mas a leitura que recria a sua passagem pelo Seminário e um pouco da sua história, para o deleite, seja  de quem já o conhece, seja de quem dele, autor, nunca ouviu falar.
Meninos que não queriam ser padres se une ao anterior e inicial Os tabaréus do sitio Saracura, na sequência histórica de sua vida, na demonstração de que talento não falta a Antonio Francisco de Jesus. E salve o Seminário que lhe despertou, embora escondida, a sede da leitura e das anotações. E viva Itabaiana, que eu não poderia deixar de fora, por lhe ter parido para Sergipe e para as letras. E saúde para mim que sempre acreditei que naquele mato tinha coelho.   

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Memória e a História - por Luiz Antônio Barreto

A Memória e a História
(O exemplo de Itabaiana)





Itabaiana guarda rica memória, capitaneada pelo mito da riqueza que havia em sua grande serra, alimentada pelos currais que estão na base da pecuária sergipana, e por outras singularidades, ainda hoje notáveis, como o fabrico e a comercialização de jóias e bijuterias, sem falar da vocação do povo para atividades econômicas, como são exemplo empresários vitoriosos em seus negócios, enriquecidos pelo trabalho. A idéia, circulante no Brasil e em parte do mundo, levou a criação do Regimento Geral das Minas do Brasil, confiado ao experiente Dom Rodrigo Castelo Branco, que morou cerca de quatro anos em Itabaiana. Os currais de gado fascinaram os holandeses, como a notícia das minas. A comercialização, a partir das feiras nos diversos povoamentos da região, responde pelo sucesso de homens como Oviêdo Teixeira, os irmãos Paes Mendonça – Pedro, Mamede e Euclides – Albino Silva da Fonseca, José Silva, José Cunha, e outros.

Vez por outra, no contraponto do cotidiano político, surgem movimentos que põem Itabaiana em destaque. A força eleitoral dos itabaianenses tem garantido assentos no Senado – Passos Porto, Albino Silva – na Câmara Federal – Airton Teles, Euclides Paes Mendonça, José Carlos Teixeira, José Carlos Machado, José Queiroz, José Teles – na Assembléia Legislativa – Sílvio Teixeira, Oviêdo Teixeira, os irmãos José, Antonio e Maria Mendonça, Arnaldo Bispo -, dentre outros que cumpriram mandatos, representando, nos diversos partidos e pleitos eleitorais, a massa de votantes, radicalizada em disputas que marcaram a história política do Estado. A fundação do jornal O Serrano, por exemplo, serviu à organização de um movimento em defesa de Itabaiana, politizando a população mais jovem, legando ao município uma corrente nova de pensamento e de prática, de grande efeito.

Sob o ponto de vista cultural, convém registrar os nomes de Francisco Carvalho Lima Júnior, Sebrão, sobrinho, Alberto Carvalho, Antonio Oliveira, Vladimir Souza Carvalho, dentre outros, que lançaram obras importantes, que projetaram a terra e a sociedade itabaianense. Evidente é que era, então, e assim permaneceu por décadas, muito lenta a discussão cultural, em decorrência, certamente, da distribuição da população, que mantinha dois terços dela no campo e apenas um terço na zona urbana. Ainda assim, ampliou-se em muito a presença de jovens de Itabaiana nas salas de aulas da Universidade e das escolas superiores. O Colégio Murilo Braga, criado no final dos anos 1940 pelo governador José Rollemberg Leite, manteve-se responsável pela preparação dos jovens, prestando relevantes serviços.

É nesse ambiente acadêmico, que surge uma geração de pesquisadores, seguindo as picadas abertas por Vladimir Souza Carvalho, historiador por excelência, com obra de ficção que aumenta seu prestígio e reconhecimento. Nomes como os de Almeida, talvez o mais velho do grupo, José Augusto Machado, autor de um livro de “causos”, Vanderley, Robério, Riva, revolvem a poeira dos documentos e organizam uma base de dados da maior e melhor qualidade, para servir à compreensão dos fatos da história local. A eles se soma, o mesmo Vladimir Souza Carvalho, guia e mestre, cuja obra publicada é de porte essencial para Itabaiana e para Sergipe. Pelo menos mais dois nomes, de professores da UFS, Lindivaldo e Giliard, elevam o nível do fazer cultural serrano, que conta, ainda, com a interlocução de Antonio Samarone, também da terra, doublé de pesquisador e de político, cuja alma itabaianense exalta a cidadania.
Outro nome, do mesmo naipe, chama a atenção dos leitores  para a sua obra, representada hoje por dois títulos bem recebidos pelos leitores: Os tabaréus do sítio Saracura e Meninos que não queriam ser padres, dois livros maduros, bem estruturados, em linguagem correta, que surpreende aos que têm oportunidade de leitura. Antonio Francisco de Jesus, economista de formação, jornalista experiente, crítico de cinema, revela-se ficcionista, tomando lembranças simples, recolhidas do dia a dia das casas de sua família e de seus amigos, e erguendo monumentos memoriais, que, no mínimo, são fontes da história. Os livros de Antonio Francisco dão dimensão de relevo ao esforço dos escritores itabaianenses, comprometidos com o viver local, seu humor, suas lembranças, guardadas ou anotadas por cada um, como se estivesse em curso um grande Anais, como espelho onde cada pessoa de Itabaiana pudesse buscar mais do que sua imagem, sua identidade.

Como ocorre com a literatura, a memória contribui para que a história faça a exegese dos fatos e das circunstâncias que explicam o comportamento humano. As literaturas dos povos guardam explicações preciosas, das quais os escritores se valem como verdadeiras fontes, inesgotáveis. Itabaiana, assim, sai na frente e toma a dianteira de um movimento revelador, a partir de pesquisas, documentos, ficção, que mais do que merecer a atenção do Estado e dos sergipanos, fixa uma atitude, que agrega pelo que oferece de compromisso em busca da identidade.
 Publicado no Jornal do Dia, de Aracaju/Sergipe, em 22/05/20011)


O Tabaréu e o Seminário - Vladimir Souza Carvalho

(publicado no Correio de Sergipe, sábado, 21/05/2011)

texto digital ainda não disponibilizado no site do jornal (Solicitei ao autor via email

segunda-feira, 9 de maio de 2011

DOS TABARÉUS AOS MENINOS QUE NÃO QUERIAM SER PADRES

Dos tabaréus aos meninos que não queriam ser padres

(matéria publicada no Blog de Cláudio Nunes, WWW.infonet.com.br, em 09/05/2011)


Dos tabaréus aos meninos que não queriam ser padres I
Antônio Francisco de Jesus, ou simplesmente, Antônio Saracura, há pouco tempo brindou os sergipanos com o livro “Os tabaréus do Sitio Saracura”, onde contou histórias de Itabaiana.
Dos tabaréus aos meninos que não queriam ser padres II
E quando se pensava que ele tinha esgotado todas suas histórias de vida ele retorna, com mais força, mostrando que é uma revelação da literatura sergipana, com o livro “Meninos que não queriam ser Padres”. Mais uma vez conta sua história de vida, no romance onde mistura nomes fictícios com nomes verdadeiros e fatos quase todos reais com algumas fantasias da juventude.
Dos tabaréus aos meninos que não queriam ser padres III
No livro ele conta parte de sua trajetória de vida, quando chegou a Aracaju e fez o exame de admissão para ingressar no Seminário Arquidiocesano. Mais uma vez Saracura mostra todo sua veia literária com um jeito próprio de escrever suas peripécias e de vários colegas seminaristas. E por elas passam Zé Bigodinho, Zé Gordinho, Guiné,  Isis, Isaac, Antonio Rolinha e tantos personagens reais e fictícios de um romance sensacional.
Dos tabaréus aos meninos que não queriam ser padres IV
Uma coisa é certa: mais uma vez Antônio Saracura publica com seu relatos mais um importante documento para a história de Sergipe. De um período que passou no Seminário Arquidiocesano ao lado de vários outros colegas e professores que fizeram (e fazem) parte da história da construção do Sergipe que vivemos atualmente.
Lançamento
No próximo dia 02 de junho, no Sesc da rua Dom José Thomas, a partir das 19h, Antônio Saracura vai lançar o livro “Meninos que não queriam ser Padres”. Quem tiver o prazer de ler o livro vai comprovar tudo o que o titular deste espaço escreveu.

sábado, 7 de maio de 2011

Carta Aberta ao autor de "Meninos que não queriam ser Padres"


Querido amigo Antônio Francisco de Jesus,


A literatura nos permite colecionar amigos no coração, mesmo sem conhecê-los ou ter com eles convívio.

Estes amigos nos tomam as mãos e nos levam ao imaginário. De mãos dadas permitem-nos percorrer seu encantador passado e invadir, com espanto e êxtase, o seu íntimo sadio e puro.  Refiro-me aos seus livros “Os Tabaréus do Sítio Saracura” e “Meninos que não queriam ser Padres”.

Monteiro Lobado com seu “Sítio do Pica-pau Amarelo”, lançou sua âncora amorosa e renovadora no Brasil e no Mundo. Abriu a imaginação para busca e exaltação do belo e, na sua riqueza de personalidades e temas nos permitiu, como você nos permite, integrar os nossos passados, viver com alegria ou emoção os nossos momentos, abraçar com ternura os nossos idos familiares ou amigos.

Você chegou de mala de cuia e tomou conta  do “pedaço”. Nós o seguimos Saracura, com ansiedade e curiosidade pelos momentos de calma e bom humor que nos proporciona e pelas andanças nos caminhos de nossa memória.

Esperando que esta cara seja fiel aos meus sentimentos de carinho e admiração, envio-lhe meu abraço amigo.

Christina Cabral.  Aracaju, 02/05/2011”

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Antônio Francisco de Jesus (Antônio Saracura), 65, jovem escritor sergipano, publicou “Os Tabaréus do Sítio Saracura” (2008,2010) e “Meninos que não queriam ser Padres” (2011) e tem  no prelo, “Minha Querida Aracaju Aflita” (Crônicas, prêmio Mário Cabral, da Secult 2010);

Christina Cabral é escritora, colaborou por seis anos para o Diário do Nordeste de Fortaleza, com Crônicas e histórias infantis. Fundou e presidiu a UBE-CE (União Brasileira de Escritores do Ceará). Em São Paulo (São Vicente) para onde se mudou, foi diretora do Instituto Histórico e Geográfico, quando criou o grupo literário COLMEIA LITERÁRIA. Publicou artigos no jornal do mesmo nome, que era distribuído gratuitamente para escolas e entidades literárias. Foi premiada pela  UBE-RJ como reveladora de novos talentos, e recebeu o prêmio na Academia Brasileira de Letras. Faz parte da Academia Portuguesa de Letras de novos autores, cadeira número 4, cujo patrono é Abílio Diniz. Atualmente é a patronesse da Colmeia Literária, em Aracaju, onde reside.

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domingo, 1 de maio de 2011

Quem é o tabaréu “que não queria ser padre?”

(Matéria ainda não publicada)  

O “Jornal da Tarde”-  sempre chegando mais cedo - revela um pouco do escritor sergipano,  de Itabaiana, Antônio Francisco de Jesus (Antônio Saracura) que, depois do sucesso de “Os Tabaréus do Sítio Saracura”  aparece agora com “Meninos que não queriam ser Padres”, cujo lançamento está programado para o dia 2/6/2011 no SESC centro, na rua dom José Thomaz, a partir das 19:00 horas. Mas o livro já está na Escariz dos shoppings da cidade.
Quem já leu o novo livro de Saracura diz que é tão bom (senão melhor!) quanto o primeiro.
Vamos à entrevista, dada ao repórter Jorge Henrique, no pátio da rádio Aperipê, no último dia 20/04/2011.

Repórter – De que tratam seus livros?
Saracura -  De Itabaiana, de Sergipe: seu povo, seus costumes, suas crenças, sua alma.

Repórter – Por que só agora, depois de 65 anos  de idade, é que você publicou o primeiro livro. Estava hibernando, era?
Saracura – De uma hora para outra, comecei a ficar assustado com a broquice iminente e a morte próxima. E minha fonte de pesquisa, Florita, minha mãe, está com mais de noventa anos e corre sérios riscos de nos deixar. Tinha que publicar agora ou nunca mais.

Repórter -  E Sobre a hibernação? Você pulou!
Saracura – Aos cinco anos de idade - ou menos - meu avô Totonho Bernardino, me enfeitiçou  com os livros (cordéis). Depois, no seminário, escrevi feito um doido (tenho cadernos cheios de versos, contos, “ensaios”...). Quase viro jornalista profissional aos 20 anos, cheguei a ser Redator-chefe de “A Cruzada”. Mesmo como Analista de Sistemas (minha profissão) sempre tive um romance ao lado de um manual técnico ou de um “list assembler”. Durante a minha vida, a cada dia, escrevi meus dramas, meus júbilos, em cadernos de capa dura, que guardo com desvelo. Em vez de hibernar, estive me condicionando para realizar meu sonho de estudante: contar em livros as estórias que vivi (ou penso que vivi). 

Repórter – Quem financia a publicação de seus livros?
Saracura –  Como não consegui nenhum mecenas, estou exaurindo a pequena poupança que fiz na vida espartana que levei. Deu para os dois que saíram. Como meus filhos já saíram da escola, minha despesa mensal caiu um pouco e, assim, talvez ainda consiga publicar um terceiro livro.

Repórter - E esse terceiro livro, vai ser sobre o quê?
Saracura – O mesmo tema: Sergipe e Itabaiana ou vice-versa, que é, na verdade, o mundo todo espelhado aqui. Conterá histórias pequenas, acompanhando o povo  na sua lida do dia a dia.

Repórter - Por que você não falou ainda de seu livro de crônicas, premiado pela Secretaria de Cultura (Prêmio Mário Cabral)?

Saracura – “Minha querida Aracaju Aflita” (é o nome desse livro) está me deixando aflito. O concurso  foi no início de 2010. O prêmio seria a publicação pela SEGRASE (sem eu gastar um tostão), mas até agora os livros dos premiados “hibernam”. E o inverno pode até não acabar mais, parodiando uma imagem que me ficou de “Cem Anos de Solidão” (Gabriel Garcia Marquez)!   Esse negócio de concurso é coisa para garoto. Para um escritor de 65 anos, é um flagelo.  Posso até morrer sem ver minhas crônicas (que as adoro) sendo lidas pelo povo.

Repórter -  Fale sobre “Meninos que  Queriam ser Padres?
Saracura -  Um texto simples, engraçado, trágico, às vezes até épico. Escrito sem gastar cultura à toa, sem enrolação, sem empolação, sem esnobação.  Fala de conflitos sociais, de estudantes de Aracaju, de Itabaiana, de tiros de sal, de praias mortas, de festas populares e muito mais. Um romance azougado, penso que é. Você tem que conferir.

Repórter -  E quem é essa saracura, que te segue o tempo todo?
Saracura – Talvez seja uma das últimas saracuras de nossos brejos, chamando seus descendentes índios, que se perderam na mixagem do  Brasil colorido.  As lagoas da Terra Vermelha (e do país inteiro)  viraram açudes e os ninhos das saracuras, frigideiras. No dia em que eu for abatido também, espero deixar para os órfãos, pelo menos a voz indelével de uma saracura desgarrada, tentando consolá-los.

Repórter – Que coisa mais complicada! Vamos encerrar por aqui, que o espaço que tenho é pequeno.
Saracura – Bote mais, pelo menos, “três potes e um coco”.

Repórter - Nem mais um coco! Nem pense em colocar o acento!
Saracura – Mas não se esqueçam de ir ao lançamento do meu livro. Repetindo! É no SESC Centro, na Rua Dom José Thomaz, no dia 02/06/2011, a partir das 19:00 horas. Anotem na agenda! Conto com todos!